Estive refletindo estes dias sobre tudo que aconteceu desde a minha convocação como PNE até hoje, passando por vários momentos como aquele em que ganhei o agravo de instrumento, quando informei o banco sobre o meu ganho, mas até a presente data ainda não assumi o banco.
E vou confessar é uma tarefa de paciência e persistência extrema, paciência pois para o nosso caso não basta apenas ter o direito reconhecido a assumir a vaga mas também ter paciência para que todos os tramites administrativos sejam feitos e isto demora, já quanto a persistência, a cito por que as autoridades coatoras fazem de tudo para que o nosso direito não seja reconhecido e abra procedentes para os demais colegas que tem uma deficiência igual.
Para nós que somos surdos ter a nossa deficiência reconhecida é uma grande vitória e inicio da consolidação do nosso direito, além de que, o inicio do fim de uma ignorância social de que surdez unilateral não é deficiência, é ignorância o pensamento vigente até hoje pó imposição de uma lei política e sem sentido que informa que se o individuo tem a audição de um ouvido ele não precisa da audição do outro.
Neste momento me vem a cabeça vários pensamentos para que continuemos a busca do nosso direito, porém quero destacar dois que são bem oportunos a este texto, eles são de autoria de dois homens muito dinâmicos, ou seja, que não aceitavam passivos o seu momento atual e buscavam mudanças, ou seja, foram homens inquietos que determinaram mudanças importantes na sua época no sentido de melhorar a sociedade em que viviam, e reinventar o já existente.
O primeiro pensamento vem de Steve Jobs um homem dinâmico que sempre buscava a mudança sair do velho e chegar ao novo, isto se encaixa muito na nossa sociedade atual que está parada em conceitos velhos e ignorantes sobre a surdez unilateral, como de que não somos deficientes pois ouvimos por um ouvido, neste sentido de promover a mudança ele declarou em seu famoso discurso na faculdade:
“Mantenham-se famintos, mantenham-se tolos. Foi o que eu sempre desejei para mim mesmo.”
Ao declarar para nos mantermos famintos e tolos ele nos instiga a termos uma busca incessante sermos inquietos, é desta forma que devemos agir para buscarmos nosso direito e irmos mais além e buscarmos um mundo melhor.
O outro pensamento provém de um ilustre jurista brasileiro Rui Barbosa, e a sua idéia eu quero que seja refletida no sentido de conforto a todos que lutam pelo seu direito, por mais difícil e angustiante que seja o caminho até a sua efetivação, mas saibam todos que vocês são pioneiros neste caso e o mais importante que Rui Barbosa disse:
“Quem não exerce o seu direito, não é digno dele.”
Espero que este texto sirva de consolo e inspiração a todos aqueles como eu buscam o reconhecimento do nosso direito.
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